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Mostrando postagens de 2017

Palestrantes "espíritas", que pregam a aceitação do sofrimento por outrem, vivem boa vida

Os chamados palestrantes "espíritas", alguns deles também "médiuns" - o caso de Divaldo Franco é notório - , sempre vivem apelando para os outros aceitarem o sofrimento, se resignarem com piores perdas, desgraças e prejuízos, pedindo para que se ore em silêncio, sem reclamar e sem denunciar o próprio sofrimento para outras pessoas, nem mesmo os familiares. Esse "holocausto do bem" defendido pelo "espiritismo" brasileiro, que apoiou o golpe político de 2016, confirma que a doutrina que rasgou os ensinamentos originais trazidos pelo pedagogo Allan Kardec, embora este seja alvo de persistente bajulação, está voltada para a Teologia do Sofrimento, corrente medieval da Igreja Católica. Sabe-se que, se o "espiritismo" brasileiro recuperou bases de alguma coisa, essas bases não foram os postulados espíritas originais, mas o Catolicismo medieval que foi introduzido pelos jesuítas no Brasil colonial. As pessoas vão dormir tranquilas d

Os deturpadores "espíritas" e os apelos emotivos

Os deturpadores do Espiritismo são figuras deploráveis, por promover a desonestidade doutrinária e dissimular tudo isso com o maior número de apelos emotivos para forçar a unanimidade e a imunidade aos "médiuns", que se comprovam charlatães não só pela falsa mediunidade e pelo religiosismo conservador, mas pelos aparatos amorosos que forjam para levar vantagem, através de um aparato extremamente dócil. Se Francisco Cândido Xavier se valia de apelos emocionais que o associavam a paisagens floridas, céu azul e crianças sorridentes, Divaldo Franco faz isso com uma certa diferença: ele fala como um padre católico, traz depoimentos como um guru da auto-ajuda e usa de todo um discurso melífluo para forçar a unanimidade a ele, por causa de seu aparato de mansuetude e de suposta humildade. Pseudo-intelectual, igrejista conservador, o "médium" Divaldo Franco traz uma estranheza que muitos não conseguem notar. Numa sociedade complexa como a nossa, é bom demais para

O perigoso "bombardeio de amor" que protege os "médiuns" deturpadores do Espiritismo

O Brasil tem um hábito muito perigoso que é o de aceitar certas armadilhas como se fossem coisas boas, e muitas pessoas aceitam a ponto de se irritarem quando são informadas de tão graves ardis. País relativamente jovem, o Brasil não experimentou os prejuízos que o mundo desenvolvido já vivenciou, e isso faz com que certas ciladas sejam vistas como a "salvação da lavoura". Temos um suposto Espiritismo que nem de longe lembra a sobriedade racional de Allan Kardec. Nota-se que, da forma que foi feita no Brasil, a Doutrina Espírita foi rebaixada a uma versão repaginada do Catolicismo medieval, e se houve a recuperação doutrinária, ela não se remete à Codificação lançada na França em 1857, mas ao Catolicismo dos jesuítas que vigorou no período colonial brasileiro. Isso é tão certo que um dos jesuítas, o padre Manuel da Nóbrega, foi evocado para comandar o "espiritismo à brasileira" pelo católico ortodoxo Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier,

Divaldo Franco vai dar ração humana aos seus assistidos?

O "Espiritismo" brasileiro apoiou o golpe de 2016 e mergulhou de cabeça na onda neo-conservadora. O estigma de "doutrina progressista" vem sendo derrubado em todas as oportunidades e hoje é praticamente impossível achar um pingo de progressividade na Igreja dos Espíritos. A própria entrevista de Chico Xavier no programa de talk show Pinga Fogo, em 1971, já coroou há tempos o casamento feliz entre o "Espiritismo" e os ideais ultra-conservadores. Os livros fascistas de Robson Pinheiro e a presença midiática do latifundiário-curandeiro, João de Deus, também sinalizam esta guinada ultra-conservadora. E tem muito mais. Olhando as fotos do lançamento do engodo oferecido pelo neo-conservador prefeito-viajante João Dória, "alimento" conhecido como "ração humana", observamos um detalhe pouco comentado: a camiseta com a logomarca da campanha "Você e a Paz", uma iniciativa ecumênica liderada pelo deturpador "espírita&quo

"Espiritismo" e a analogia da consulta médica

O seguinte texto pode esclarecer como reagem os "espíritas" brasileiros em relação ao sofrimento humano. Um paciente no consultório médico faz sua queixa de uma grave doença que lhe causa dores insuportáveis. Ele recorreu ao doutor confiante de que pudesse obter alguma receita ou remédio para cura, e por isso estava ali na sua exposição. - Eu não consigo andar, de tanta dor!! Não consigo fazer as coisas do dia a dia, mas também tenho dificuldades para descansar. Perco o sono todas as noites, diante da dor que eu sinto, preciso de sua ajuda para me dar um remédio para a cura. Faço todas as recomendações que o senhor lhe der. O médico, porém, responde com uma pergunta: - Amigo, eu acho que você deve conviver com a dor. Deve aceitá-la, talvez até gostar dela, e ter paciência o máximo que puder. - Como assim, doutor? Eu peço a cura e tento me esforçar para aguentar as dores que sinto agora, com a força da minha mente para evitar gemer, e você me diz para eu

Muito se fala no Jogo da Baleia Azul; e o jogo "espírita" de "Vencer a Si Mesmo"?

O "Correio Espírita" deste mês publicou uma matéria que define o Jogo da Baleia Azul como um "jogo assassino", preocupado com a onda de suicídios provocada pelo sombrio regulamento dessa brincadeira perigosa. Sim, é inegável que o Jogo da Baleia Azul, um modismo nas redes sociais, esteja causando tantos suicídios pela forma com que é feito seu regulamento e pelo caráter macabro das tarefas a serem feitas. Mas isso é um assunto que vai além de moralismos religiosos e que não pode ser resolvido com a censura na Internet que grupos retrógrados pregam como uma falsa solução, que na verdade protege interesses ultraconservadores mais estratégicos. O grande problema, porém, é que o próprio "espiritismo" brasileiro também mostra seu "Jogo da Baleia Azul", através de seus valores, cada vez mais identificados com a Teologia do Sofrimento.  Cada vez mais distante de Allan Kardec - nunca devidamente compreendido pelos seus proclamados seguidor

O juízo de valor que derrubou Divaldo Franco e Chico Xavier

"Não julgueis para não serdes julgados", dizia o ensinamento de Jesus. Pegando carona, o anti-médium mineiro Francisco Cândido Xavier criou um arremedo da mesma ideia: "Não julgueis quem quer que fosse". Mas desobedeceu o que ele mesmo disse. Em 1966, o pior julgamento de valor que se pode dar contra multidões humildes foi dado por Chico Xavier. No livro  Cartas e Crônicas , Xavier acusou de terem sido "romanos sanguinários" os pobres cidadãos que, de várias partes do Grande Rio, foram assistir alegremente um espetáculo circense em Niterói, em dezembro de 1961, e foram vítimas de um incêndio criminoso. O agravante da infundada acusação - feita sem provas documentais, de maneira generalizada, sem estudo da Ciência Espírita e preocupada com suposta encarnação longínqua e superada - é que Chico Xavier, para se livrar de culpa, botou a responsabilidade no pretenso autor espiritual, Humberto de Campos, muito mal disfarçado pelo codinome Irmão X.

O comentário preconceituoso de Divaldo Franco e como ele feriu a doutrina que ele pensa representar

Divaldo Franco, tido pelos seus seguidores como a maior liderança "espírita" da atualidade e sábio incontestável (sic), é um dos responsáveis pela deturpação da doutrina e pela inserção de ideias estranhas e conceitos equivocados que vem desviando o foco dos seguidores, colocando-os diante questões fúteis e delirantes. O médium baiano, de formação católica, se encaixa perfeitamente no perfil de falso profeta alertado por Erasto, pois costuma ser bastante prolixo e rebuscado, nunca deixando claras as suas ideias. Mesmo assim posa de "sábio absoluto", daqueles que alegam conhecer todos os segredos do universo e de ter respostas para todas as questões.  Com admiradores fanáticos a defendê-lo com o mais profundo ódio a críticas, mesmo sensatas, Divaldo deu uma declaração que soa preconceituosa, embora tenha coerência com o dogmatismo defendido pela versão deturpada da doutrina, que usa o nome de Allan Kardec apenas para se promover. Aliás, uma declaração que

Jovem foi vítima de estupro coletivo. Cadê o dr. Bezerra?

O caso ocorreu meses atrás, mais precisamente na noite de 16 de dezembro de 2016, três dias antes do dia da famosa palestra de Divaldo Franco no Campo Grande, o "ponto máximo" do evento ecumênico  organizado por "espíritas", chamado "Você e a Paz". Uma moça de 22 anos estava esperando, por volta das 20 horas, por um ônibus no bairro de Pau da Lima, em Salvador, quando um homem numa moto chegou e abordou a garota, forçando-a a pegar carona com ele. Ele fez ameaças e ela foi obrigada a se sentar na garupa, e o homem colocou na cabeça dela um capacete para dificultar o reconhecimento do destino que ele a levaria. Em seguida, pararam na área de um matagal, onde outros três homens esperavam o motoqueiro, e então os quatro seguraram a jovem, realizando um estupro coletivo. Após o estupro, a jovem foi deixada numa rua próxima à Av. Paralela. O caso foi denunciado à delegacia do local e a jovem, que não pôde reconhecer os criminosos, dias depois foi faz

O palestrante "espírita"

O palestrante "espírita"... Esse artífice das belas palavras, esse malabarista das "mensagens positivas", capaz de defender o sofrimento humano criando todo um discurso que tenta negar tal intenção, sempre preocupado em forjar bons sentimentos e boas palavras, visando os prêmios que acredita lhe estarem reservados no além. As pessoas que sofrem são obrigadas a virar marionetes das circunstâncias adversas, se desiludindo à toa, porque, num dia, a pessoa sofre as mais duras desilusões, na outra, a pessoa se torna escrava das ilusões de alguém pior que ela. Mas isso não sensibiliza o palestrante "espírita", que sempre se acha senhor da melhor palavra e juiz da vontade humana. Ele se orgulha por achar que sabe os desejos dos outros, mais do que eles mesmos. Faz juízos de valor aqui e ali, de forma a tentar convencer a pessoa de que as circunstâncias que as afligem devam ser superadas, sob a desculpa do aprendizado. Muito fácil, num espetáculo de pal

Anti-esquerdismo "espírita" vai contra proposta da caridade

O "Espiritismo" brasileiro é cheio de contradições, graças a sua recusa em raciocinar e analisar tudo que chega aos seu redor. Abraçou a fé cega e a bondade estereotipada e se limita a fazer caridade paliativa, aquela que serve de mera compensação para que os necessitados se mantenham em suas condições humilhantes.  Agora, os "espíritas" (de Chico Xavier) e os espíritas (de Allan Kardec) encanaram de aderir ao sádico ódio fascista anti-esquerda. Criminalizaram os movimentos sociais, a personalidades de esquerda e glorificaram o excludente Capitalismo, se baseando na tolice da meritocracia e descartando de uma vez por todas a acridade mencionada por Allan Kardec, um socialista, em suas obras. Só o direitismo assumido pelo "Espiritismo" brasileiro jé envolve um festival de contradições que poderão implodir a doutrina no Brasil, que já é muito fraca em outros países. Ela entra em violento choque com a finalidade original da doutrina, que é a carida

O "espiritismo" e o cenário político na marcha-a-ré do Brasil

O cenário político brasileiro e o cenário religioso do "movimento espírita" andam de mãos dadas. Observando, acima de tudo, que houve uma retomada ultraconservadora, já na formação do novo Congresso Nacional em 2015 e no projeto financista do ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, Joaquim Levy e, mais tarde, as campanhas jurídica (Operação Lava Jato), midiática (jornalismo de guerra) e social (passeatas anti-PT), nota-se uma ânsia voraz, mais do que um apetite, uma gula em levar o Brasil para os padrões coloniais contrariando os avanços dos tempos. No projeto político, temos o governo de Michel Temer que, nas melhores hipóteses, lembra o governo do general Ernesto Geisel caminhando para trás, não em direção à redemocratização e ao fim da ditadura, mas ao "milagre brasileiro" e ao endurecimento pelo AI-5. Mas seu projeto político, na medida em que incluem projetos que retrocedem os padrões trabalhistas aos tempos da República Velha, como a reforma trabalhista,

Crescimento de ideais fascistas desmoraliza "Espiritismo" brasileiro

Vivemos em um tempo de decadência humana. Estamos perdendo a capacidade de entender o outro. Raivosos graças ao desespero de salvar nossos bens e convicções em tempos de crise mundial, tentamos transformar aqueles que divergem de nossos interesses em vilões e criamos a ânsia de destruí-los, seja por punições, seja pela morte. Esta convulsão social resultante desse desespero pelo menos tem servido para uma coisa boa: tirar a mascara do "Espiritismo" brasileiro, uma doutrina construída com base em mentiras e que em mais de 100 anos de existência não conseguiu dar a mínima contribuição para tentar melhorar pelo menos a sociedade brasileira, servindo mais de fonte de lucro e prestigio para lideranças, imediatamente divinizadas, tratadas como semi-deuses blindados pelo senso comum. O resultado da incapacidade do "Espiritismo" brasileiro em melhoras as pessoas está nesta onda de ódio anti-humano que se multiplica de forma irresponsável pelo país afora. Para pio