Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2017

Palestrantes "espíritas", que pregam a aceitação do sofrimento por outrem, vivem boa vida

Os chamados palestrantes "espíritas", alguns deles também "médiuns" - o caso de Divaldo Franco é notório - , sempre vivem apelando para os outros aceitarem o sofrimento, se resignarem com piores perdas, desgraças e prejuízos, pedindo para que se ore em silêncio, sem reclamar e sem denunciar o próprio sofrimento para outras pessoas, nem mesmo os familiares. Esse "holocausto do bem" defendido pelo "espiritismo" brasileiro, que apoiou o golpe político de 2016, confirma que a doutrina que rasgou os ensinamentos originais trazidos pelo pedagogo Allan Kardec, embora este seja alvo de persistente bajulação, está voltada para a Teologia do Sofrimento, corrente medieval da Igreja Católica. Sabe-se que, se o "espiritismo" brasileiro recuperou bases de alguma coisa, essas bases não foram os postulados espíritas originais, mas o Catolicismo medieval que foi introduzido pelos jesuítas no Brasil colonial. As pessoas vão dormir tranquilas d

Os deturpadores "espíritas" e os apelos emotivos

Os deturpadores do Espiritismo são figuras deploráveis, por promover a desonestidade doutrinária e dissimular tudo isso com o maior número de apelos emotivos para forçar a unanimidade e a imunidade aos "médiuns", que se comprovam charlatães não só pela falsa mediunidade e pelo religiosismo conservador, mas pelos aparatos amorosos que forjam para levar vantagem, através de um aparato extremamente dócil. Se Francisco Cândido Xavier se valia de apelos emocionais que o associavam a paisagens floridas, céu azul e crianças sorridentes, Divaldo Franco faz isso com uma certa diferença: ele fala como um padre católico, traz depoimentos como um guru da auto-ajuda e usa de todo um discurso melífluo para forçar a unanimidade a ele, por causa de seu aparato de mansuetude e de suposta humildade. Pseudo-intelectual, igrejista conservador, o "médium" Divaldo Franco traz uma estranheza que muitos não conseguem notar. Numa sociedade complexa como a nossa, é bom demais para

O perigoso "bombardeio de amor" que protege os "médiuns" deturpadores do Espiritismo

O Brasil tem um hábito muito perigoso que é o de aceitar certas armadilhas como se fossem coisas boas, e muitas pessoas aceitam a ponto de se irritarem quando são informadas de tão graves ardis. País relativamente jovem, o Brasil não experimentou os prejuízos que o mundo desenvolvido já vivenciou, e isso faz com que certas ciladas sejam vistas como a "salvação da lavoura". Temos um suposto Espiritismo que nem de longe lembra a sobriedade racional de Allan Kardec. Nota-se que, da forma que foi feita no Brasil, a Doutrina Espírita foi rebaixada a uma versão repaginada do Catolicismo medieval, e se houve a recuperação doutrinária, ela não se remete à Codificação lançada na França em 1857, mas ao Catolicismo dos jesuítas que vigorou no período colonial brasileiro. Isso é tão certo que um dos jesuítas, o padre Manuel da Nóbrega, foi evocado para comandar o "espiritismo à brasileira" pelo católico ortodoxo Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier,